terça-feira, 20 de julho de 2010

O desespero das Indústrias!

   Eai pessoal, já estavam com saudades né? Gostaríamos de agradecer aos e-mails e comentários enviados, vocês não tem ideia de como esses nos estimulam! Bom, deixando o sentimentalismo de lado, o tema dessa semana são as Indústrias, isso mesmo aqueles lugares onde a maioria da população nunca foi, onde tem grandes máquinas, robôs e etc trabalhando, essa mesma. Falaremos um pouco da dificuldade de encontrar pessoas qualificadas para trabalhar nesses locais pouco reconhecidos, e como você pode se informar melhor sobre as indústrias que apesar de pouca fama são ótimos locais para se trabalhar, e comentar um pouco que já que existem milhares de desempregados no Brasil, porque há uma escassez de profissionais na indústria. Esperamos que vocês gostem!

  A carência de mão-de-obra qualificada é fato no Brasil. Os impactos negativos se mostram presentes, sobretudo na área de produção das indústrias. Para contornar esse problema, mais de 80% das indústrias oferecem programas de capacitação e incentivos para atrair e reter mão-de-obra qualificada. O quadro abaixo mostra as principais técnicas usadas pelas empresas na obtenção de mão-de-obra:


  O processo de capacitação da mão-de-obra enfrenta uma variedade de dificuldades que vão desde a baixa qualidade da educação básica no país, à falta de cursos de capacitação adequados às necessidades da indústria. Ou seja, o fato de todos falarem que a falta de qualificação é o grande motivo não é totalmente verdade, o que falta na verdade são cursos específicos para as áreas que as indústrias pedem, coisa que deveria vir primeiramente por parte o governo, mas já que isso não acontece a capacitação dentro da empresa é a estratégia mais utilizada na obtenção de mão-de-obra qualificada.

   Uma pesquisa foi realizada e mostrou um grande problema para as indústrias em ralação à mão-de-obra qualificada, vejamos alguns dados:



  As áreas mais prejudicadas pela falta de mão-de-obra qualificada:

  As principais dificuldade de para investir na qualificação dos empregados:


  E finalmente, como as industrias investem na qualificação:


  E agora, como manter os empregados nos seus empregos:




A grande questão é: Em Santa Catarina o que se passa?



  Bom, Santa Catarina possui um importante parque industrial, ocupando posição de destaque no Brasil. A indústria de transformação catarinense é a quarta do país em quantidade de empresas e a quinta em número de trabalhadores. O ramo da indústria alimentícia é o maior empregador, seguindo-se o de artigos do vestuário e de produtos têxteis.



 A remuneração em SC é a seguinte:




  A economia industrial de Santa Catarina é caracterizada pela concentração em diversos pólos, o que confere ao Estado padrões de desenvolvimento equilibrado entre suas regiões: cerâmico, carvão, vestuário e descartáveis plásticos no Sul; alimentar e móveis no Oeste; têxtil, vestuário e cristal no Vale do Itajaí; metalurgia, máquinas e equipamentos, material elétrico, autopeças, plástico, confecções e mobiliário no Norte; madeireiro na região Serrana e tecnológico na Capital.

  Como vimos indústrias em Santa Catarina é o que não falta, mas essas estão cada vez mais atualizadas e sofisticadas. A tecnologia correndo em bem do ser humano. Portanto, a busca por trabalhadores está cada vez mais exigente, querem que seus empregados sejam cada vez mais atualizados e ligados em tecnologia. Só que nem todas as pessoas têm condições de se atualizar e fazer curso que disponibilizam sabedoria ao quesito tecnológico. E isso aumenta o desemprego e consequentemente torna o mercado de trabalho cada vez mais disputado em ramos menos exigentes ao fator tecnológico.

  Todos esses fatores acabam fazendo com que haja vagas em indústrias e as torne concorridas e seus salários melhores. Entre as indústrias que mais tem vagas no mercado de trabalho se destacam as de ramo tecnológico e são, com certeza, as que necessitam de um conhecimento mais especifico, por isso há tantas vagas.

  O governo brasileiro deveria fazer um plano onde todas as pessoas pudessem ter acesso a essas tecnologias, não só os ricos e de classe média, mas também os pobres e menos favorecidos economicamente. Assim não haveria tantas desigualdades ao mercado, pois quanto mais preparado o trabalhador for melhores serão suas chances de conseguir os empregos.



SETORES DA INDÚSTRIA

 Pesquisamos os setores mais legais da indústria para passar para vocês, dêem uma olhada:

  Indústria de bens de produção ou indústria de base são todas as indústrias que trabalha com matéria bruta transformando-a em matéria prima para outras indústrias.

Exemplo: indústria siderúrgica e petroquímica.


  Indústria de bens intermediários ou de bens de capital que são aquelas que produzem máquinas para outras indústrias. Ex.: fábricas de tornos

(Equipa indústrias mecânicas).

  Indústria de bens de consumo é aquela que produz produtos, voltado ao extenso mercado consumidor.

Ex.: Indústria têxtil, Indústria alimentícia.


   A escassez de mão de obra especializada virou um tormento no dia-a-dia das grandes empresas. Depois de atingir a construção civil e a indústria naval, agora a falta de profissionais se espalha por setores como o automobilístico, o ferroviário, o moveleiro, a siderurgia e a metalurgia, o de transportes e serviços.





      Então como já falamos quanto mais rápido começar uma parceria entre pessoas e empresas para a capacitação melhor será para o Brasil. Está na hora de um grande esforço de expansão com respeito ás indústrias, reunindo governo e setor privado, no âmbito dos investimentos em profissionalização. Apesar dos avanços, ainda há espaço para continuar expandindo o número de vagas. Além disso, escolas profissionalizantes no ensino médio e universidades tecnológicas devem ser estimuladas, visando preparar os jovens desde cedo para exercerem uma profissão e acabar com a falta de profissionais especializados que tanto aflige nosso país.

  Aqui vão alguns links interessantes para vocês expandirem sua visão a respeito do assunto abrangido:

http://www.youtube.com/watch?v=jbEv56iAcrU
http://www.youtube.com/watch?v=o4I12sFoHus&feature=player_embedded
http://www.slideshare.net/claudiafinck/entrevistas-indstria-4796262
 
É isso ai galerinha, esse foi o post da semana, e até semana que vem!

   Beijinhoos

5 comentários:

Bia disse...

Achei mto interessante o blog!
Cada cidade tem uma faixa salarial de acordo com o custo de vida. Ao trazer alguém de outro Estado, mesmo com um salário maior, ele terá despesas de moradia, transporte, etc.. SC tem o custo de vida muito elevado. Então, a solução de trazer trabalhadores de outros estados nem sempre funciona. Já tive essa experiência de trazer mão-de-obra operacional do RJ para SC, mesmo com base nos salários de SC e em menos de 6 meses todos voltaram para seu Estado. Além disso a falta da família e amigos pesa muito nessa transferência. Mesmo assim temos muitos profissionais de outros Estados, trabalhando aqui em Santa Catarina, porque às vezes tem familiares aqui e dessa forma fica mais fácil a adaptação.

Maura disse...

Essa questão é de uma lógica: qual vem primeiro, desemprego ou falta de qualificação profissional ? Para o sistema capitalista interessa mais que se mantenha o contingente de desempregado acima da oferta, de forma a conter a demanda por melhores salários.Mas no Brasil tudo se inverte e subverte, para desespero das pessoas, de um lado, a defender mais investimentos na formação profissional, e de outro, o profissionais, para o qual, há uma grave distorção no sismeta educacional, quando um engenheiro químico leva 20 anos para se formar, a um custo médio de R$200.000,00 para o país, e com cinco anos desempregado só encontra trabalho no mercado informal ou de caixeiro viajante de multinacional de produtos farmacêuticos.Agora vão contratar técnicos e engenheiros estrangeiros, porque os nacionais desempregados estão fora do mercado.Uma pinda, para esses cretinos.Porque não investem neles, em cursos de aperfeiçoamento,pois que, discordo de que um aprendizado se dissolva em tão pouco tempo.

Luiza disse...

Achei bem interessante o post mas, vou comentar sobre a area de engenharia vndustrial, que é onde atuo: Existem mais de 20 softwares no mercado, para desenvolver projetos, e as industrias esperam que o candidato conheça especificamente o que ela usa. Ha os entraves do setor de Recursos Humanos, que nos seus textes para avaliar se o candidato é um "serial killer" ou coisa parecida deixam de lado seu filling profissional. A questão dos salarios e beneficios; trabalhar por R$ 3.000,00 em engenharia , só mesmo para quem esta morrendo de fome e; merrendo de fome, é mais facil vender DVD pirata. As empresas ainda pensam em contratar como se a gente estivesse na Holanda. Abraços.

João Walker disse...

É importante para o mercado de trabalho e para o crecimento do país, que exista demanda por parte das empresas e o oferta de mão de obra (8 milhões). Me pergunto o que está acontecendo com os SENAI, que sempre tiveram fama de bons formadores ou com as tantas universidades existentes no Brasil e as criadas pelo governo Lula. Rejeitar un salario de 3.000,00 para ficar em casa é incongruente. Talvéz a opção seja estudar para um concurso público. Até quando o governo vai conseguir contratar servidores públicos? Até quando a máquina pública pode ser inflada? é uma questão a se pensar! Parabéns pela iniciativa do blog!

Liliam Gorges disse...

Algo intrigante na questão da instalação de grandes empreendimentos ou ainda no caso do setor fabril, é que os responsáveis por estes acabam por contratar mão-de-obra externa, fora da cidade ou até mesmo do país em que instalaram-se, esquecendo de considerar a importância de contratar profissionais da região, o que promoveria o crescimento sustentável e melhoraria a qualidade de vida das pessoas. Mas por que mega empreendimentos como Sapiens Parque S.A. por exêmplo, menosprezam a mão-de-obra local? Sabe-se que estão sendo feitas contratações em todo o país e Florianópolis, será que não existe pessoas especializadas aqui?
Bem, quando se pensa nas questões principais da ilha, como a sazonalidade em relação a empregos, vê-se que esse empreendimento, como outros da região, não resolvem o problema das pessoas e menos ainda dos jovens em processo de formação acadêmica, mas por que não se contrata aqui?
Particularmente, acredito que seja porque as grandes empresas, como o próprio Sapiens, que apesar de se mostrar um projeto inovador e tecnológico, se mostra ao mesmo tempo incoerente ao não usar o 'know hall' disponível em Florianópolis ou até mesmo em não se preocupar com os diversos jovens que esperam uma oportunidade e aceitariam uma especialização promovida pelo Sapiens.
Aí, nesse momento é que se percebe que grandes empresas se preocupam só com seus grandes projetos e não com o impacto socioecônomico e ambiental que sua atuação causará na região em que se instalar.

Parabéns a equipe Insuperáveis pelo blog e pelas importantes considerações!